De acordo com o SINCOR-SP, ramo de seguro saúde ultrapassou o seguro auto, com crescimento de 11% no ano passado
O mercado nacional de seguros registrou, em 2016, uma mudança no topo: o ramo de seguro saúde lidera o setor, com crescimento de 11% em relação ao ano anterior, registrando faturamento de R$ 36 bilhões. O seguro auto, anteriormente na liderança, apresentou queda de 2%, fechando o ano passado com R$ 32,6 bilhões em vendas. Mais do que a troca de posições, os dados divulgados pelo Sindicato dos Corretores de Seguro no Estado de São Paulo (SINCOR-SP) denota a gradual mudança do perfil do mercado no país. Tendo como base informações e estatísticas oficiais da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é possível verificar que há pouco mais de 10 anos, o panorama do setor de seguros era outro. Em 2006, enquanto o ramo de automóvel representava 30% do setor, a saúde atingia 21%; no decorrer deste período até a atualidade, o seguro auto representa 25%, ao passo que o seguro saúde 27%.
Ao analisar detalhadamente cada ramo, no seguro saúde a Bradesco Seguros lidera com uma participação de R$ 19 bilhões, detendo mais da metade do mercado, 52,86% precisamente. A SulAmérica Seguros vem em seguida. O crescimento do seguro saúde deve-se, principalmente, à capacidade de inovação e dinamismo do setor em conjunto com a força de trabalho. Este desempenho no ramo de saúde explica a liderança geral da Bradesco, com uma fatia de quase ¼ do mercado, à frente de SulAmérica e BB Mapfre.
Nos demais ramos, tendo o ano passado como base, o Seguro Automóvel é liderado pela Porto Seguro, com 28,72% dos produtos; o segmento Pessoas faturou R$ 34,2 bilhões, crescendo 3% em relação ao ano retrasado e tendo a Bradesco como líder com 22,92% de fatia do mercado; no ramo Patrimonial, com liderança da Zurich, detentora de 16,55% do mercado, o crescimento também foi de 3%, registrando receita de quase R$ 13 bilhões; Riscos Financeiros (liderança da JMalucelli, Porto Seguro e BB Mapfre) e Transportes (liderança da Chubb, Allianz e BB Mapfre) tiveram crescimento maiores, da ordem de 10% e 6%, marcando R$ 3,1 bilhões e R$ 3 bilhões de receita, respectivamente.
A projeção para 2017, de acordo com especialistas, é que o setor cresça, como um todo, entre 6,9% e 7,5%, patamar inferior ao registrado em 2016, muito por conta da lenta recuperação da economia brasileira. Para o seguro saúde, de acordo com levantamento efetuado pela Confederação das Seguradoras (CNseg), a projeção efetuada no primeiro trimestre do ano, marcando um crescimento entre 11,4% e 12,8% foi reduzida, ficando entre 9,9% e 10,3%.
FONTES:
https://www.sincor.org.br e https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN1BU2ZV-OBRBS
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